Preciso do tempo
Do amigo, do amor
Preciso do colo a me acalmar
Na loucura do dia
A passar sem que sinta.
Preciso ser mais que um ser autômato
Vivo cada segundo como como robô
Trabalho, casa, comer dormir,
Acordo, trabalho, volto...
Estou no piloto automático
E ao mesmo tempo,
Procuro meditar no barulho das crianças
No barulho dos carros, motos, sirenes
Sufoco com a poluição, falta ar
A paisagem é cinzenta, faltam árvores
Praças, faltam corações, almas,
Falta humanidade, justiça, amor, paz
A batida da música traz em mim
A sensação de estar no mesmo lugar
Todos os dias, no mesmo ritmo
Na necessidade de sobreviver
Para viver.
Fernanda Pietra
Enviado por Fernanda Pietra em 22/04/2008