São muitos os rostos, vozes, olhares Sorrisos, quase sempre abertos, mesmo nas adversidades Transitam pela cidade, carregando filhos Vão correnso, deixa-os numa creche E prosseguem para vender sua mão de obra Quase sempre explorada Salário ? Quase sempre, minguado Trabalho, ônibus, creche, casa Marido, talvez, desempregado Cidadã responsável, sensível Dupla jornada de trabalho, pouco descanso Na roleta russa da vida, falta tempo Faltam direitos, reconhecimento. Há aquelas sem filhos, sem maridos Mas com suas parceiras Também produzem, amam, pagam impostos E pagam por seguirem a norma social De ter uma família convencional Mulheres desbravadoras Derrubando barreiras sociais, econômicas, morais Exerçam seu direito a cidadania Caminhem altivas, rumo a dignidade Fernanda Pietra
Enviado por Fernanda Pietra em 01/03/2008
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