Qual seria a profissão que mais se assemelha com a do palhaço? Darei algumas pistas:
- Quando você fala, as pessoas não te ouvem e riem de tudo;
- Você paga para trabalhar;
- Tudo que acontece no recinto de trabalho é culpa sua;
- Só tem deveres;
- Todo mundo dá palpite;
- Se tudo vai bem, o mérito é da criança, se vai mal, você é incompetente;
A lista seria enorme, ficaria monótono ao leitor, porém digo qual é a profissão: Professor.
Talvez o mais hilário disso tudo é que não largamos a mesma. Continuamos numa luta quase insana de tentar a todo custo ser profissional da Educação e não profissional da saúde, de assistência social,  de ser mãe ou tia.
Como toda profissão é necessário que amemos o que escolhemos fazer, mas não está dando mais para calar diante de tanta mediocridade que  nos assola, quando as crianças nos chegam sem saber a rua em que moram, a data de nascimento, e coisas assim.
Toda vez que você cobra alguma coisa, você se torna mal, cruel porque as crianças não estão acostumadas com o tipo de cobrança que o estudo de fato requer. Estudar requer disciplina, não aquela disciplina estática, mas uma disciplina mental, que requer  primeiramente responsabilidade e compromisso  com o que se quer aprender.
Ninguém vai ao médico para comer, ninguém vai ao dentista para brincar e muito menos procuram um advogado para prover necessidades financeiras. O primeiro passo a ser dado seria dar condições decentes de sobrevivência a todos os brasileiros, diminuição do teor alcoólico das propagandas televisivas, sim porque cerveja não deixa de ser alcóol ; fechamento expresso de estabelecimentos que vendem bebidas, assim diminuiríamos os índices de violência com certeza no pais todo. Não cabe simplesmente à escola oferecer programas de interação com a comunidade, pois a família continua alccólatra,  com o pai indo bêbado à reunião do filho.
Que outra profissão poderia ser tão desmerecida ? Palhaço ganha para ser palhaço, mas professor não ganha para ser professor. Todo mundo odeia essa figura e ridicuariza-o enquanto é aluno, mas quando o bendito mercado de trabalho exige a bendita qualificação e excelência, aí alguém lembra de um  palhaço, já aposentado que um dia simplesmente só fez cumprir sua obrigação: ENSINAR.