TEMPO INSISTENTE
O tempo insiste
Em roubar-me O que de mais precioso tenho: Versos meus, a espera de um parto A dar-lhes vida. Essa vida que os aborta Na correria dos dias de trabalho E minha mente permanece Ociosa para os apelos Guardados no espírito Inundado de palavras Desejosas a mostrar-se Mas lá ficam a minha espera Como agora, quando estou longe Do barulho ensurdecedor das crianças Que muitas vezes me inspiram E faz lembrar-me Que já fui uma um dia Tenho de apressar-me, Pois o tempo acaba Mas não finda Meus versos inacabados
Fernanda Pietra
Enviado por Fernanda Pietra em 05/04/2007
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