CHÃO
Meu chão já teve nomes, Rostos. Por vezes, o olhar era chão Outras vezes, fora perfil E a outra face era medonha. Chao pode ser a mão quando estendida Mas fechada deixa de ser porto seguro Pronta a não se abrir Meu chão teve nomes Perfumes, caminhos E meu olhar distante no horizonte Não viam rostos, mãos olhares Deixando meus pés flutundo num vazio, Obrigando minhas mãos A construir meu chão Fernanda Pietra
Fernanda Pietra
Enviado por Fernanda Pietra em 29/07/2009
Alterado em 29/07/2009 |