Faz muito tempo onde não sabia mais Se era menina ou mulher A incerteza aparecia sempre Quanto estava na presença daquele ser E os dias pareciam noites intermináveis Escuras Estava eu lá outra vez Implorando a atenção, amor ou amizade Sei lá o quê Parecia um bebê a ser cuidado pela babá Era essa a sensação que tinha De onde esse ser apareceu ? Para atormentar minha vida e balançar O que já não era concreto. Acreditei em palavras decoradas Em voz mansa Trazendo no seu ímpeto uma serpente Pronta para dar o bote Sabotando a confiança Lembro disso como olhando pelo retrovisor Imagem a ficar cada vez mais longe Seu nome não importa Fica disso tudo o recado: não fui sua criança, nem sua mulher Fui acima de tudo eu Lutando para não cair no lodo, No engodo de promessas vazias Partindo por um caminho Que nem eu mesma sabia E o amor verdadeiro Demorou a surgir Mas ao surgir, confirmou, que quem ama Não quer modificar o ser amado. Fernanda Pietra
Enviado por Fernanda Pietra em 26/12/2008
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